Há dias em que você acorda se sentindo um hamster a correr em sua rodinha? Isso pode ser melhor do que se comparar a uma barata, como o Gregor Samsa de Franz Kafka fez, mas a ideia de empreender um grande esforço sem resultados correspondentes não é no mínimo estressante? Para o pequeno roedor de estimação pode valer a pena exercitar-se sem sair do lugar, mas para nós, seres humanos, as consequências são individuais – vão de doenças mentais à estagnação na carreira e à demissão –, e organizacionais.

Quem tem baixa produtividade no trabalho pode muitas vezes jogar a responsabilidade disso sobre outras pessoas: “a equipe está enxuta” (pode estar de fato), “o chefe não contribui” (totalmente plausível), “sou interrompido o dia inteiro” (deve ser mesmo), “o trabalho foi subestimado”, “o cliente está abusando”, “o fornecedor atrasou”, e assim por diante. Embora sejam razões válidas, a verdade incontestável é que, sempre que a responsabilidade é do outro, a solução também cabe ao outro e, se este decidir não fazer nada a respeito, você fica num beco sem saída.

Não precisa ser assim. (E essa não é uma afirmação superficial de literatura de autoajuda.)