A categorização é um recurso naturalmente utilizado pelas pessoas para lidar com a infinidade de informações e estímulos que recebem cotidianamente. O problema é que, muitas vezes, essa prática se traduz em uma tendência a agrupar indivíduos com base em categorias sociais, o que inclui raça, gênero e idade. E mais: as categorias são frequentemente imbuídas de associações e expectativas – também conhecidas como estereótipos –, que acabam servindo de base para formar impressões e julgamentos sobre os outros.

Os estereótipos que as pessoas constroem são levados para o mundo do trabalho, com consequências para os processos seletivos. São os chamados “estereótipos ocupacionais”, que têm a força, por exemplo, de atrair ou afastar candidatos em relação a determinadas profissões.

Um grupo de pesquisadores da Rotman School of Management se dedicou ao tema e publicou um estudo que evidencia o impacto dos estereótipos, mesmo os aparentemente inócuos, e oferece contribuições para enfrentar essas distorções e seus impactos negativos no mercado de trabalho. A pesquisa abrangeu 60 títulos de emprego e mais de mil pessoas foram ouvidas para que se medisse os estereótipos relacionados a cada uma dessas ocupações.