Líderes relatam como o mercado corporativo pode ser um fator decisivo na escolha de exercer ou não a maternidade e como as empresas podem ser aliadas neste cenário.
Perder o emprego após a licença-maternidade é um medo que impacta 35% das mulheres no Brasil, de acordo com estudo feito pelo Empregos.com.br. Apesar do avanço do debate sobre equidade de gênero nas empresas e dos direitos previstos na CLT, a maternidade ainda é um ponto sensível para quem tem o desejo de ser mãe, mas que não pode ou não pretende abrir mão da carreira.
Esbarrando em aspectos culturais e estruturais, a postura do mundo corporativo diante da maternidade intensifica a insegurança das mulheres sobre como conduzir a carreira após a chegada dos filhos e, até mesmo, na decisão sobre ser ou não mãe.
Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas constatou este impacto em números: as saídas das mulheres do trabalho se iniciam imediatamente após a licença-maternidade (quatro meses). Depois de 24 meses do retorno da licença, quase metade delas está fora do mercado de trabalho e a maioria das saídas se dá sem justa causa e por parte do empregador.