Por Rana El Kaliouby

Se eu aprendi alguma coisa ao abrir e dirigir uma startup é que você  precisa de foco. Você não pode ser tudo para todos; precisa descobrir quem você é, no que é bom e onde se encaixa no mercado. A Affectiva precisa de foco. Entretanto, o potencial para a nossa área, a inteligência artificial das emoções (“emotion AI”, em inglês), é tão amplo, com tantas possibilidades de aplicação, que me senti frustrada pelo fato de receber inúmeros pedidos de pessoas e organizações que queriam colaborar conosco em projetos promissores em praticamente todos os campos imagináveis.

Não tínhamos nem pessoal nem recursos para explorar todos esses potenciais usos, e a maioria das pessoas que nos procurava não dispunha de recursos para pagar nossas taxas de licenciamento. Eu achava injusto não disponibilizar a tecnologia para pessoas que poderiam fazer um ótimo uso dela. Dessa forma, fizemos 0 nosso primeiro hackathon, o Emotion Lab’16, no qual disponibilizamos nosso software para um grupo diversificado de participantes que poderiam usá-lo como bem lhes aprouvesse.