Como a empatia, a compaixão e a ética do cuidado podem tornar as corporações mais humanas e prósperas
Em 2020, uma pesquisa da Oxfam International, confederação britânica que atua globalmente no combate à pobreza, divulgada paralelamente ao encontro anual do Fórum Econômico Mundial, chamou a atenção para o aumento da concentração de riqueza no mundo. De acordo com o estudo, 2.153 bilionários têm mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas ou que 60% da população do planeta inteiro.
Como já disse o historiador Eric Hobsbawm, vivemos numa era de extremos. De um lado, o progresso tecnológico, o avanço da medicina, a inteligência artificial e a realidade virtual. De outro, a desigualdade econômica e a triste estatística de que 2,4 bilhões de pessoas ainda lutam para satisfazer as necessidades básicas de alimentação e segurança, de acordo com o Banco Mundial.
O desequilíbrio sistêmico do planeta se apresenta nas mais diferentes dimensões: no esgotamento dos recursos naturais, no aquecimento global, no aumento da violência social, na insegurança financeira, no estresse crônico e nos transtornos psicológicos – cada vez mais presentes.